Relógio

quarta-feira, 19 de março de 2014

Os desafios da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio

Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com Necessidades Educacionais Especiais.

1. Inclusão no Brasil e Educação especial na escola regular
João Guilherme dos Santos, aluno defiente físico, com seus colegas da Unidade Integrada Alberico Silva. Foto: Maurício Moreira
João Guilherme dos Santos, aluno com deficiência física, com seus colegas da Unidade Integrada Alberico Silva, em São Luís.
A especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso. Foto: Gabriela Portilho
Daniela Alonso, especialista em Educação Inclusiva e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com necessidades especiais no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento. Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial- ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado.
Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas comodiversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
Preservar a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de Educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).
Sobre a especialista
Daniela Alonso é educadora, consultora de projetos educacionais, selecionadora do Prêmio Educador Nota 10, psicopedagoga, especialista em Educação Inclusiva.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O que fazer quando algumas crianças terminam a atividade antes do que as outras?


Não se trata de falta de planejamento. O ritmo com que os pequenos realizam as propostas que você apresenta faz com que o dia não se desenrole em um compasso perfeito, a ponto de todo mundo fazer a mesma coisa ao mesmo tempo. É claro que organizar as atividades prevendo a duração de cada uma delas é algo a que o educador tem de se dedicar. Porém tão importante quanto isso é planejar sugestões para quem termina as tarefas primeiro com intencionalidade. Isso quer dizer não eleger qualquer coisa somente para distrair a turma, e sim pensar em trabalhos significativos e nas habilidades a serem aprimoradas por meio deles.

Pedir que as crianças esperem os colegas terminar o que estão fazendo não é uma opção (embora muitas sejam submetidas a isso na Educação Infantil). “Se não têm o que fazer, elas ficam entediadas e atrapalham os demais. A situação foge do controle”, explica Maria Carmen Barbosa, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

As atividades de transição (ou de passagem) são válidas não só para organizar o tempo como também para as crianças aprenderem a esperar e respeitar o ritmo dos outros. Ambas as habilidades devem ser construídas aos poucos, tendo sempre você como mediador. Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a turma já está habituada a elas.
“Com a opção de uma atividade paralela, ninguém tem de abandonar a tarefa incompleta só porque alguns colegas já a concluíram”, diz Maévi Nono, professora da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Confira o que e quando propor, quais os encaminhamentos, o que observar e o que evitar.

O que propor Se a sala tem espaços diferenciados, como o canto dos brinquedos e o da biblioteca, vale liberar os pequenos para se divertir neles. Disponibilize também quebra-cabeças, livros, gibis, fantoches, massinha, papel e lápis de cor para desenhar e jogos de montar, entre outros. Na EMEB Olavo Bilac, a educadora Márcia Regina Marques guarda esses materiais em caixas que ficam ao alcance de todos da pré-escola. “Dependendo do número de crianças, organizo um ou dois grupos, não mais do que isso, e distribuo algumas opções”, ela explica.
 
Quando propor Esse tipo de atividade deve ser apresentada não só como uma alternativa enquanto a turma aguarda um novo desafio. Existem outros momentos que requerem propostas paralelas: os imprevistos (uma criança se machuca e precisa de cuidados) e as tarefas individuais (como escovar os dentes).
 
Encaminhamentos Quando a maioria dos pequenos acabar a tarefa, diga que eles podem brincar um pouco enquanto esperam os demais, mas sem atrapalhá-lhos. Indique o material que pode ser usado e o distribua ou libere o grupo para pegá-lo. Explique que, quando a atividade principal for terminada por todos, a rotina deverá ser retomada. “É uma oportunidade para as crianças construírem a noção de que formam um grupo que trabalha junto a maior parte do tempo”, diz Maria do Rosário de Souza, da EPG Olavo Bilac, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
 
O que observar Mesmo acompanhando mais de perto os que ainda estão realizando a atividade principal, não deixe de prestar atenção nas crianças que estão lendo ou brincando. Maria Carmen explica que o momento de transição é muito importante para analisar quais os interesses dos pequenos, como eles interagem uns com os outros e se têm mais autonomia.
 
O que evitar É desaconselhável oferecer várias opções para não dividir a criançada e apresentar livros ou jogos desconhecidos. “A turma não pode depender 100% do educador para brincar, já que ele deve estar mais direcionado a quem ainda não terminou a atividade principal”, diz Daniela Munerato, orientadora educacional da Educação Infantil na Escola da Vila, em São Paulo.


Fonte:http://www.unire.com.br

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Educação Especial Inclusiva


"Deus me dê a paciência de me conformar com as coisas que não posso alterar, me dê a coragem de alterar as coisas que posso, e me dê a sabedoria de distinguir entre umas e outras" (Christoph F. Oetinger).
Muito se fala em Educação Especial Inclusiva, mas nem sempre temos uma noção correta a seu respeito. Julgamos bastante apropriado o seguinte conceito de Educação Especial: "Conjunto de medidas e recursos (humanos e materiais) que a administração educativa coloca à disposição dos alunos com necessidades educativas especiais: pessoas com algum tipo de défice, carência, disfunção ou incapacidade física, psíquica ou sensorial, que lhes impeça um adequado desenvolvimento e adaptação" (Ezequiel Ander-Egg, 1997).

A Educação Especial engloba uma imensa diversidade de necessidades educativas especiais, assim como uma equipe multidisciplinar, composta pelos mais diversos profissionais e especialistas. Seu objetivo principal é promover uma melhor qualidade de vida àqueles que, por algum motivo, necessitam de um atendimento mais adequado à sua realidade física, mental, sensorial e social.

Seus destinatários são todas as pessoas que precisam de métodos, recursos e procedimentos especiais durante o seu processo de ensino-aprendizagem.

A Educação Especial deve ser vista no contexto da Educação Geral, ou seja, o portador de necessidades especiais deve ser atendido no mesmo ambiente que o não-portador. A esta tendência contemporânea chamamos de Educação Inclusiva, uma vez que o portador de necessidades especiais é inserido em classes regulares de ensino, sendo tão digno e merecedor da educação como qualquer outra pessoa.

Numa sociedade tão preconceituosa e discriminadora como a nossa, muitos pais de alunos ditos normais são contrários a esta inclusão Também alguns professores, coordenadores, diretores e funcionários, desinformados ou pouco esclarecidos, oferecem resistência a estas tentativas. Mas, mesmo assim, várias, e com muito êxito, têm sido as experiências de inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais nas classes e/ou escolas regulares. Precisamos ensinar à sociedade, de uma maneira geral, que as pessoas antes de serem portadoras de necessidades educativas especiais são seres humanos capazes e dotados de inúmeras possibilidades, com um grande potencial a ser trabalhado. Nada justifica o seu isolamento do convívio com outras pessoas, seja dentro ou fora da escola.

A inclusão deve ser cuidadosa e racional, pois uma precipitação pode provocar mais frustração do que satisfação ao portador de necessidade especial, que precisa ter condições mínimas para se adaptar a certas realidades. Por exemplo: numa escola com vários andares, tendo apenas escadas, sem rampas ou elevadores, não seria interessante colocar um portador de paraplegia, que só se locomove em cadeiras de rodas, para estudar numa classe regular que utiliza uma sala no quarto andar da escola. Como seria o seu acesso à sala de aula? Atenção e cautela só tendem a nos ajudar a tomar decisões sábias e positivas.

Eis algumas modalidades de atendimento em Educação Especial: Escola Regular, Classe Regular, Escola Especial, Classe Especial, Ensino Domiciliar, Classe Hospitalar, Escola Hospitalar, Escola Profissionalizante, Empresa-Escola. Cada realidade requer um tipo de modalidade de atendimento diferente. Por exemplo, um aluno portador de doença renal, necessitando de diálise, três vezes por semana, num hospital distante de sua residência. Por dificuldades financeiras para se deslocar, consegue residir por um tempo no próprio hospital. Logo, participa de uma classe hospitalar existente no mesmo. A necessidade de diálise e de residir no próprio hospital torna-se uma necessidade educativa especial, cuja modalidade é a classe hospitalar.

Em prol de um mundo melhor e uma sociedade mais democrática lutemos por uma Educação Especial e Inclusiva de excelente qualidade para todos!
Fonte: Webartigos.com Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sugestões de Atividades de Coordenação Motora Fina


Encaixe dos pedaços de macarrão nos furinhos da caixa

Alinhavo no arame revestido e os retros de linha


 Quebra-cabeça de palito picolé...

...pode confeccionar o quebra-cabeça com foto da criança, personagens preferidos ou alimentos.

Placa com botões diferentes e pedaços de feltro; Encaixe do feltro no botão.

Esconder objetos pequenos dentro da massinha.Depois parear a figura com objeto. 

 Palito de picolé com velcro.Criar e imaginar letras e formas geométricas


Enfiagem dos canudinhos nos buracos de uma cesta.

Perfuração em cima da letra no sentido da escrita.
Encaixe do agulha de crochê sem ponta.
Classificando formatos de botão na bandeja.
Pegar objetos pequenos (clips, massinha, algodão) com tesoura.Treinar o movimento abrir/fechar da tesoura sem ponta.

Brincadeira Pescaria  Na escola, a pescaria pode ser com cores, letras, números ou nomes dos colegas.Trabalhar a coordenação viso-motora.

ALINHAVO com peças de cores, letras ou números. Pode confeccionar com papel cartão plastificado e trabalhar alinhavo sequenciação( montagem das letras do nome) ou (sequência dos números).

COLAGEM no Balão.Trabalhar Esquema corporal (olho,boca, nariz, orelha)
Escrever as letras do alfabeto com cola colorida e passar o dedo indicador em cima da letrinha.Pode confeccionar cartões com as letras com texturas diferentes(emborrachado,lixa,espuma) -Trabalhar a percepção tátil e os movimentos do dedo indicador -preparação para escrita. Depois pode brincar com criança,falar uma palavra com a letra(associação).
Pegar objetos pequenos com uso do talher e colocar na forma de Gelo. Dicas bolinhas de algodão colorido ou bolinhas de massinha.Pode trabalhar com os números e quantidade.
Pegar objetos pequenos com uso da colher e colocar na caixa de Ovo. Criança canhota (foto)

Brincadeira Lousa Mágica (para desenhar ou escrever)

Fazer o movimento do lápis na massinha caseira. Desenhar ou escrever as letras do nome.